Destaques

Jogo duro. De assistir.


"Atração" do primeiro tempo foi o duelo entre Felipe Melo e Pepe

Esqueça o que você leu no post anterior quando dissemos que o jogo contra Portugal seria melhor do que a partida contra a Costa do Marfim, bem como menos violento. O jogo foi ruim e truculento.

A seleção portuguesa demonstrou claramente se contentar como o empate, que garantia a equipe na segunda colocação. Jogou recuada com apenas Cristiano Ronaldo na frente, que pouco produziu diante da forte defesa brasileira.

O problema do time de Dunga foi no meio-campo. Para os lugares de Elano, contundido, e Kaká, suspenso, o técnico brasileiro escalou respectivamente Daniel Alves e Elano. Para o lugar de Robinho, poupado, a opção foi Nilmar. Ou seja, todo o tripé do setor de criação do Brasil foi substituído (por necessidade, antes que Dunga pense que estamos querendo dizer que ele escolheu fazer isso). Desses, somente Nilmar cumpriu bem sua função de cobrir os espaços pela esquerda e se aproximar de Luis Fabiano, mas somente no primeiro tempo. O meio-campo ficou acéfalo. Está claro que Julio Baptista não tem a menor condição de ser o substituto de Kaká e somente agora Dunga deve começar a se arrepender de ter deixado de fora Ronaldinho Gaúcho e Paulo Henrique Ganso, de não ter levado pelo menos um dos dois. Pela lateral-esquerda Michel Bastos foi uma figura praticamente nula.

Assim, o grande destaque do jogo ficou por conta do duelo entre Felipe Melo e o brasileiro naturalizado português Pepe no meio-campo. Duelo no sentido literal da palavra, pois os dois disputaram para ver quem era o mais violento. Felipe Melo venceu essa disputa com duas entradas duríssimas em cima de Pepe contra uma do camisa 15 luso-brasileiro. O "vale-tudo" poderia ter continuado se Felipe Melo não fosse substituído. O volante brasileiro torceu o tornozelo numa das entradas que sofreu e mesmo que isso não acontecesse teria que sair, pois seria expulso. Agora, preocupa para a próxima partida que acontece já na segunda-feira, provavelmente contra o Chile, na opinião deste que vos escreve.

E não foi somente no duelo particular entre Felipe Melo e Pepe que o Brasil saiu vitorioso. No geral foram 18 faltas cometidas pela equipe brasileira contra 11 dos portugueses. Só no primeiro tempo, o árbitro mexicano Benito Archundia deu sete cartões amarelos para os jogadores dos dois times. Um recorde na Copa do Mundo 2010. Na posse de bola 60% para a equipe de Dunga contra 40% do time de Carlos Queiroz. De que adianta isso se o resultado que interessa, o do jogo, ficou da maneira como começou: 0 a 0?

Após esse jogo ficou a lição de que o Brasil nesta Copa do Mundo é forte. Fisicamente sempre. Tecnicamente só o time titular, o que é pouco para uma seleção que quer o título.

Em jogo tenso, Seleção Brasileira mostra o quanto é forte


Clima quente: Kaká foi expulso em jogo marcado pela falta de pulso do árbitro contra o violento time da Costa do Marfim.

Na vitória por 3 a 1 contra a Costa do Marfim a Seleção Brasileira mostrou que é forte. Ao contrário do que jogo contra a Coréia do Norte, o time trocou passes corretamente, soube envolver o adversário, mesmo este sendo melhor que a equipe asiática. O resultado deu a classificação ao time de Dunga que ao lado da Argentina de Maradona foi a seleção que teve atuação mais convincente nesta Copa.

Se no primeiro jogo a seleção do Brasil dependeu da inspiração de Maicon, Elano e Robinho, contra o time africano todos jogaram bem, exceto Michel Bastos. Robinho também rendeu abaixo do esperado. Em compensação Gilberto Silva e Felipe Melo foram muito seguros e precisos tanto na marcação quanto na saída de bola. Luís Fabiano voltou a marcar, e duas vezes, sendo uma delas um gol antológico, que embora tenha seu brilho diminuído por ele ter tocado a bola com o braço duas vezes, ficará para a história. Mas a melhor notícia foi a atuação de Kaká, decisivo no primeiro gol de Luís Fabiano e no terceiro, marcado por Elano.

O fato negativo é, sem dúvida, a expulsão do camisa 10 da seleção, que acabou entrando na onda da violenta equipe marfinense, embora ele não tenha merecido o cartão vermelho pelo lance. O condicionamento físico de Kaká está abaixo do ideal. Por isso seria importante que ele enfrentasse Portugal para ganhar ritmo de jogo. Por outro lado poderá entrar mais descansado para as oitavas-de-final.

O jogo foi tenso e violento. Elano só não teve a perna quebrada por sorte. A Costa do Marfim decepcionou. A globalização fez mal ao futebol africano. As seleções do continente que sedia a Copa, depois que passaram a ser treinadas por técnicos europeus, embora tenham perdido a inocência, deixaram de lado a criatividade e a audácia. Tornaram-se muito mais táticas que técnicas, como se fossem seleções europeias subdesenvolvidas.

Agora contra Portugal a Seleção Brasileira entra mais tranquila com a classificação garantida, sabendo que não enfrentará um adversário violento, embora tecnicamente melhor. De qualquer forma, antes enfrentar um adversário qualificado e correr o risco de perder na bola do que arriscar sair de campo com alguma parte do corpo quebrada. O jogo contra Portugal será melhor. Pena que o tão esperado duelo entre Kaká e Cristiano Ronaldo não acontecerá.

Seleção de um tripé


Elano e Maicon se abraçam emocionados após o primeiro gol da Seleção Brasileira

Maicon, Elano e Robinho. Somente eles foram decisivos para a magra vitória da Seleção Brasileira por 2 a 1 na estreia do Copa do Mundo diante da "semi-amadora" Coreia do Norte. Pouco para uma seleção cotada para vencer o mundial. Justiça seja feita também a Michel Bastos que correu muito e teve uma boa atuação, apesar de não ter sido decisivo.

Julio Cesar e a dupla de zaga Lúcio e Juan pouco trabalharam contra uma equipe que jogou com uma linha de quatro defensores e outra de cinco no meio-campo - eventualmente, diga-se, eventualmente, o atacante Tae-Se deixava a linha do meio e trombava com os defensores brasileiros. No lance do gol coreano o goleiro da Inter de Milão não teve culpa, já que Gilberto Silva e Lúcio deixaram espaços para Yun Nam sair na cara do gol com tranquilidade.

Kaká nem de longe lembra o melhor jogador do mundo de 2007. Está bastante comprometido fisica e tecnicamente. O camisa 10 da seleção brasileira, que se recupera de uma lesão no púbis, não consegue mais dar suas arrancadas, que sempre fizeram a diferença em favor do craque. Kaká errou passes e não foi nada incisivo. Isso é extremamente preocupante por dois motivos:

1- O meio-campo da seleção é fraco e os homens que jogam atrás de Kaká, Gilberto Silva e Felipe Melo, são imprestáveis em termos de criação. Elano, embora ontem tenha tido uma boa atuação, não tem mobilidade e Robinho é veloz e incisivo mas não tem caracterísiticas de organização.

2- O problema começa na convocação, quando Dunga resolveu deixar Paulo Henrique Ganso de fora, o único jogador brasileiro em boa fase com caracterísiticas parecidas às de Kaká, o principal jogador do time brasileiro. Infelizmente não dá para depositar esperanças em Julio Baptista.

O jogo foi decidido em lances isolados. No primeiro gol, Elano percebeu Maicon passando livre pela direita e tocou para o lateral, que por sua vez teve a sorte de encontrar um goleiro inocente que abriu o canto para que ele batesse para o gol. O segundo gol saiu de uma passe magistral de Robinho para Elano finalizar com liberdade. Mas depender de lances isolados de três jogadores é muito pouco para uma Seleção Brasileira. Faltou troca de passes, tramas ofensivas. Luis Fabiano, por sinal, só teve uma chance de finalizar. O atacante precisa que a bola chegue mais vezes em seus pés.

Pelo jeito os treino fechados à imprensa não tiveram muito efeito. Precisa melhorar muito para enfrentar a forte Costa do Marfim no domingo, com Drogba no ataque.

Aquecimento para a Copa e vuvuzelas




Estamos vivendo uma expectativa muito grande com a proximidade da Copa do Mundo, a menos de 24 horas do início do torneio. Porém, antes, logo mais nesta quinta-feira, mais precisamente às 15 horas, haverá uma grande festa, com shows de Shakira, Alicia Keys, Black Eyed Peas, entre outras atrações para aquecer os torcedores.

Para os shows, as vuvuzelas, famosas cornetas usadas pelos sul-africanos nas arquibancadas, foram proibidas pela organização, que justificou o confisco alegando que os sons das cornetas atrapalhariam as músicas que serão apresentadas.

Nos dias de jogos, a Fifa ameaçou também proibir as vuvuzelas, alegando que o barulho - que realmente é ensurdecedor - atrapalharia os ábitros e jogadores. Mas será que os sul-africanos terão mesmo que ser censurados justamente quando o país vive o momento mais importante de sua história após o apartheid? O que você acha?

Os candidatos da Copa

Imagem: Estadao.com




Se nos posts anteriores comentamos sobre a exclusão de grandes jogadores da Copa do Mundo, seja por contusão ou opção dos treinadores, hoje falaremos sobre os candidatos a craque do Mundial que estão na África do Sul, até porque eleições aqui no Brasil, só depois da Copa.

Messi (Argentina): é o melhor do mundo atualmente. Fez uma grande temporada pelo Barcelona e, embora não tenha conquistado a UEFA Champions League, vinha jogando ainda melhor que no ano passado, quando ganhou a Bola de Ouro da Fifa. Pela seleção, suas atuações ainda estão muito abaixo em relação ao que apresenta em seu clube, no entanto, a torcida argentina espera que na Copa ele enfim deslanche.

Rooney (Inglaterra): é um artilheiro nato e versátil, que joga tanto mais recuado quanto mais fixo na área. O camisa 10 da Inglaterra é a principal esperança dos torcedores da Terra da Rainha, que desta vez têm boas perspectivas de que a seleção saia da incômoda fila de 44 anos sem título.

Xavi (Espanha): a seleção espanhola é uma das favoritas ao título, apesar da fama de "amarelar" em mundiais. E Xavi é o grande mentor do meio-campo da "Fúria". É excelente na saída de bola, no passe e na finalização, além de ser exímio cobrador de faltas, caracterísitcas mais do que suficientes para fazer do jogador do Barcelona um craque decisivo.

Cristiano Ronaldo (Portugal): eleito o melhor do mundo em 2008 é um jogador de extremo talento. O Real Madrid fez uma temporada fraca para suas pretensões, mas mesmo assim Ronaldo foi o principal jogador da equipe, com boas atuações. Mesmo sua seleção não sendo apontada como favorita, Ronaldo pode ajudar os portugueses a surpreenderem.

Kaká (Brasil): apesar de ter feito uma temporada ruim pelo Real Madrid por diversos motivos, mas principalmente contusão, o camisa 10, mesmo não estando 100%, tem potencial o suficiente para desequilibrar uma partida e decidi-la numa jogada.

Sneijder (Holanda): ao lado de Robben é a grande esperança dos holandeses para que enfim conquistem o título que passou tantas vezes perto da seleção laranja. Fez uma temporada formidável na Inter de Milão, onde conquistou a UEFA Champions League sendo um dos principais jogadores. Ele passa, finaliza e cobra faltas com extrema eficiência e representa melhor do que ninguém o estilo de jogo holandês, de muita movimentação e toque de bola.

Ribéry (França): a França não tem jogado como uma grande seleção desde a aposentadoria do gênio Zinedine Zidane. Classificou-se para a Copa na marra, com um gol irregular, o da famosa ajeitada com o braço de Thierry Henry, na repescagem das Eliminatórias contra a Irlanda. Mas Ribéry, apesar de estar longe de ser um gênio, tem muito talento e pode desequilibrar.

Drogba (Costa do Marfim): a seleção africana não é cogitada sequer para passar da primeira fase, já que caiu num grupo que tem Brasil e Portugal como favoritos. No entanto, o time que agora é comandado por Sven Goran Eriksson (ex-Inglaterra) tem jogadores que podem surpreender e fazer com que um time do continente que sedia o Mundial possa de fato chegar longe. E Drogba é o grande jogador dessa seleção, com seus gols bonitos e decisivos. Se repetir o que fez no Chelsea, o atacante, mesmo jogando contra seleções consideradas superiores à sua e tendo levado um susto (sofreu uma lesão no braço num amistoso contra o Japão na semana passada), será um grande nome neste mundial.

De Rossi (Itália): sem Totti, que não foi convocado pelo técnico Marcelo Lippi, e com Pirlo lesionado, o volante da Roma se tornou o principal jogador da Azzurra. É verdade que ele é um tanto quanto violento em algumas jogadas e até destoa dos craques apontados acima, mas De Rossi é um jogador de muita determinação e tem suas qualidades, principalmente na finalização, pois já marcou belos gols de fora da área. Sem contar que na seleção italiana ele sempre teve boas atuações.

Eles também farão falta



Se ontem o assunto aqui neste blog foi a bruxa que anda desfalcando as seleções na Copa - por sinal, Nani foi cortado da seleção de Portugal - hoje é a injustiça que alguns técnicos cometem ao deixar de fora grandes jogadores.

Vamos começar com o Brasil. Dunga deixou de fora os aclamados pelo povo Ronaldinho Gaúcho, Neymar e Paulo Henrique Ganso. Nenhum deles foi convocado. Sem contar que bons jogadores, em posições carentes do time, jamais foram lembrados pelo técnico como o volante Thiago Motta, da Inter-ITA, o lateral Roberto Carlos, do Corinthians e o meia Alex, do Fenerbahce-TUR, entre outros. Alguns tiveram poucas chances como Hernanes, do São Paulo e Lucas, do Liverpool-ING. O capitão do tetra só quis saber de jogadores obedientes à sua filosofia conservadora.

Na Argentina, Maradona que não se dá com Riquelme, do seu Boca Juniors, deixou de fora o talentoso meia. No entanto, o mais inexplicável foram as exclusões do experiente e polivalente Zanetti e do volante Cambiasso (melhor do mundo na posição atualmente), que fizeram uma extraordinária temporada pela Internazionale, campeã da UEFA Champions League. Sem contar que ambos têm grande experiência na seleção argentina, com boas atuações. Definitivamente, não dá pra entender.

A França, que vem apresentando um fraco futebol, não terá o atacante Benzema e o volante Vieira. Ambos poderiam contribuir muito com a seleção que dá pinta de que fará feio no mundial. O primeiro no ataque, que tem sérias dificuldades para balançar as redes e o segundo no meio-campo, que desde a saída de Zidane, parece órfão. Por essas e outras trapalhadas, o técnico Raymond Domenech já tem Laurent Blanc como substituto após a Copa.

Marcelo Lippi não convocou o decisivo Totti para suprir a falta de talento da equipe, que no começo da Copa já não contará com Pirlo, contundido. Vai ser difícil apostar na Azzurra.

Um caso à parte é a Holanda. O técnico Bert Van Marwijk não chamou os veteranos Seedorf e Van Nistelrooy. Mas, sem eles, o time está voando baixo e tem plenas condições de conquistar o título. Além disso, a Holanda é estigmatizada por ser envolta a problemas de relacionamentos entre os jogadores nos mundiais, o que parece não acontecer desta vez.

Cuidado com a bruxa!



Em Copa do Mundo sempre algum jogador de renome se machuca e fica de fora. Mas este ano a bruxa resolveu dar as caras de vez. Seleções importantes vêm perdendo seus principais jogadores por contusão.

Os primeiros a darem adeus ao Mundial foram Beckham (Inglaterra), Essien (Gana) e Ballack (Alemanha), sem condições de jogo antes mesmo dos anúncios das listas de convocados. Na última semana, mais uma grande baixa na Inglaterra: simplesmente o capitão Rio Ferdinand foi cortado por um entorse no joelho. O volante Obi Mikel, da Nigéria, também foi vetado pela mesma lesão.

Tem ainda os que estão "baleados" como Pirlo (Itália), Drogba (Costa do Marfim) e Robben (Holanda), três dos principais craques do futebol mundial.

No Brasil, Julio César sofreu uma lesão nas costas no amistoso contra o Zimbábue e Michel Bastos torceu o tornozelo num treino coletivo. Porém, ambos não preocupam e estarão na estreia do mundial. O segundo, inclusive, joga hoje contra a Tanzânia, no amistoso caça-níquel da CBF. A Tanzânia virá com uma vontade fora do comum. Afinal, enfrentar o Brasil é uma oportunidade única na vida dos jogadores do país africano. Por isso, é bom se precaver, pois a bruxa poderá estar voando por aqueles lados também.

O mala



Um dos craques do Santos neste ano, Neymar, vai mostrando cada vez mais sua falta de maturidade. No último domingo, segundo relatos de colegas repórteres de rádio, quando chegou ao Pacaembu para o clássico contra o Cortinthians, o atacante de 18 anos desceu do ônibus escoltado por seis seguranças, como se fosse um superstar.

Ora, nem Rogério Ceni, Kaká, Romário, entre outros consagrados craques da bola jamais tiveram essa atitude. Nem Pelé.

E por falar em Pelé, disseram a Dunga que se ele fosse o técnico do Brasil na Copa de 58 não convocaria Pelé, pois não convocou Neymar, "menino" a exemplo do Rei do Futebol na época. Mas começamos a entender porque o técnico da seleção mais vitoriosa do mundo resolveu deixar de lado o imaturo Neymar e não convocá-lo para a Copa. É simples. Pelé não era tão bobo assim.

Neymar ainda é um moleque tonto, que dá risada por não saber quem são os candidatos à presidência da república e se exibe como se fosse o rei da cocada preta. Neymar nunca será o que pensa que é e para chegar perto disso ainda terá que mostrar muito mais futebol e menos futilidade.