Da alegria à revolta


Torcida do Corinthians incentivando a equipe no início do jogo. Mais de 35 mil pessoas foram ao Pacaembu

Acabou mais uma vez. O Corinthians não conseguiu seu grande objetivo de conquistar a Libertadores no ano de seu centenário. O título é mais do que cobiçado pela massa cortintiana e a expectativa por uma conquista desta vez era muito grande. O elenco foi reforçado com jogadores de peso. O time fez a melhor campanha da primeira fase. Quis o destino que o Flamengo, que chegou às oitavas-de-final cambaleante, fosse colocado em seu caminho. O clássico das duas maiores torcidas do Brasil era um teste que diria ao Timão se ele estaria ou não preparado para, enfim, tornar seu sonho realidade. Mas como disse o técnico Mano Menezes: "temos que aprender mais". E o Flamengo saiu vitorioso, com uma derrota por 2 a 1.

Isso mesmo. Como o regulamento da competição determina que o gol fora de casa tem mais peso, a derrota por 2 a 1 deu ao Flamengo a classificação, pois na primeira partida, no Maracanã, a equipe rubro-negra venceu por 1 a 0. A única vantagem do Corinthians, portanto, foi poder decidir a vaga em casa. Não adiantou ser o melhor time da primeira fase. O péssimo desempenho do Flamego na primeira fase em nada afetou o time do "Império do Amor". Mas todos os times que entram na Libertadores devem saber que não há vantagem nos mata-matas.

O Flamengo venceu a primeira em casa e entrou tranquilo na partida, jogando a pressão para o Corinthians. Tão tranquilo que apenas assistiu à partida no primeiro tempo e viu os donos da casa fazerem 2 a 0, com Danilo e Ronaldo. Mas logo no início da segunta etapa os rubro-negros jogaram o desespero para o lado corintiano mais uma vez com o gol de Vagner Love.

Assim, o Corinthians não conseguiu o gol que lhe daria a classificação. A torcida foi da alegria no primeiro tempo à apreensão, incentivando o time com menos intensidade. O Corinthians tentou até o último minuto, mas não deu de novo. Bruno defendeu um chute de Chicão nos minutos finais e como a torcida alvinegra queria ter ido ao delírio naquele momento...

O apito final decretou mais um fracasso corintiano na competição sul-americana de maior prestítgio e a apreensão deu lugar à tristeza. Mas a fiel reconheceu o empenho do time e aplaudiu os jogadores. O sonho foi mais uma vez adiado, mas não acabou.

O problema foi que um mal maior do que qualquer derrota aconteceu: a tristeza deu lugar à revolta a alguns elementos. Temia-se a violência em caso de derrota corintiana, mas não teve jeito e, como sempre, alguns bandidos fantasiados de torcedores entraram em conflito entre si e contra a polícia nas imediações do estádio. Famílias que saíam do estádio entraram em desespero. Crianças choravam. Cenas das mais absurdas barbáries. Para variar, os elementos presos foram soltos horas depois.

Até que um próximo confronto dentro de campo vire outro confronto fora dele... e assim caminha o futebol brasileiro, sede da Copa de 2014.


Elias chora derrota de sua equipe. Vagner Love o consola.




Tumulto nas imediações do Pacaembu

1 Response to Da alegria à revolta

Anônimo
6 de maio de 2010 às 17:15

Pimenta nos olhos dos outros é refresco

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